No
dia 29 de abril de 2014, aconteceu na sede da Concessionária de Águas Prolagos,
em São Pedro da Aldeia, mais umaReunião Ordinária do Subcomitê do Rio Una.
Entre
os assuntos em pauta, estavam a apresentação dos resultados da investigação
sobre a substancia presente do rio que causou mau cheiro, cor negra e depois
cor vermelha nas água do rio, notada mente nas partes mais baixas da bacia que
são as áreas próximas ao mar e no pântano do Trimumu.O trabalho parte do estudo
realizado pela Arquiteta Sandra Barbara de Souzado IPEDS e que levou a hipótese de presença de uma bactéria que seria
a causadora da coloração vermelha no Rio Una, Os resultados da análise de fitoplâncton e físico-química
realizadas em março de 2014 pela Professora Maria Helena Baeta Neves(
MH.Ambiental), e os informes sobre o CBH Lagos São João, o
Projeto de Recuperação do Rio Una, e a apresentação do Inea sobre ações de
fiscalização e dados obtidos.
O
encontro teve início com a leitura da ata da reunião do dia 25 de fevereiro de
2014, que sofreu pequenas alterações, mas foi aprovada por todos que estavam
presentes.
Para
dar início às explanações, a Arq.Sandra de Souza, Presidente do IPEDS,
apresentou a hipótese sobre a presença de uma determinada bactéria que causa a
coloração vermelha no Rio Una, pois primeiramente o rio se apresentou com a água
de coloração negra e com odor féticoe presença de óleo, porém, logo após, a
água do rio mudou a tonalidade para vermelho e a vegetação do leito e das
margens foi queimada da raiz para copa.
Após
vistorias realizadas pelo Inea no mês de dezembro de 2013, nos municípios de
São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Armação de Búzios, concluiu-se que a coloração
pode ter ocorrido por conta de escoamento superficial das águas em solos com
elevada concentração de ácidos húmicos.
A Arq.
Sandra de Souza (IPEDS)apresentou também os pontos de coleta ode foram colhidas
as amostras que passaram pela análise da Dra Maria Helena Neves (MH Ambiental).
Em
seguida, a Dra Maria Helena apresentou o resultado das analises a partir das
amostras coletadas no Rio Una. Os três pontos analisados por ela foram: o Canal
Vermelho, onde foram encontradas presenças de bactérias, a confluência do Canal
Vermelho com o Rio Una, e o Canal das Pedras.
De
acordo com ela, a presença de bactérias sulfurosas púrpuras e verdes,que
pertencem ao Filo das Proteobactérias, e que estão presentes na zona profunda
do rio, são as causadoras da coloração vermelha no rio. A presença de pontos de
enxofre no interior das células destas bactérias sãoos provocadores desta
tonalidade.
Com
a retomada da palavra, a Arq. Sandra concluiu que o solo da bacia que vem sendo
alvo de agricultura, pecuária, extração de mineral ,indústria provavelmente vem
sendo contaminado por muito tempo. Durante as chuvas de dezembro foram
carreadas muitas substancias de origem orgânica e até catalizadores de
processos industriais,mas foi na estiagem, e com a baixa do nível do Rio que o lodo aflorou recebendo luz e calor. Dentre
estas substancias estava oenxofre observado pela inalação de gaz sulfídrico(
que se mostrou pelo o cheiro fetico)
e produzindo também entre outras
reações acido sulfúrico que gerou o
baixo ph apresentado nas analises do INEA e da Prolagos .O enxofre além da
formação de gás e ácido, alimentou as
algas que surgiram no período de estiagem produzindo assim a cor vermelha e a
morte da vegetação ribeirinha.
A Profa; Dalva Mansur pediu a palavra, e
lembrou que tendo chegado a um resultado cientifico cabe a todosacompanhar para
que não venha a ocorrer de novo o mesmo fenômeno. Lembrou que não cabe culpar
ninguém pelo fato, mas torna-se necessário que providencias sejam logo tomadas
para que isto não venha aocorrer de novo. Salientou ainda que o Projeto de
recuperação da calha principaljá
elaborado pelos componentes do
sub comitê, será importante para a preservação das margens protegendo
assim o leito do rio, além da estrutura do projeto que optou por promover a
mobilização entre os moradores lindeiros
a calha do rio.
A
bióloga Rosane Mendonça, doInea também esteve presente na reunião e apresentou o
Boletim de Qualidade das Águas da Região Hidrográfica VI – Lagos São João, os
parâmetros básicos das análises dos corpos hídricos, sugerindo pontos de coleta
de amostras para uma nova Proposta de Monitoramento do Corpos Hídricos, no caso
o Rio Una.
A
plenária propôs que fossem feitas análises de cinco pontos, incluindo um em
área pantanosa, e com rotina bimestral, incluindo a análise de dois novos
parâmetros: enxofre e salinidade.
Após
algumas propostas apresentadas pela Proa. Dalva Mansur e pelo Eng.Túlio Vagner,
Secretário Executivo do CBH – Lagos São João, e aprovadas pelos integrantes da
reunião, houve a proposição de que na
próxima reunião sejam apresentadas os projetos que estão em fase de elaboração
para o reuso dos efluentes das Estações de Iguaba e São Pedro da Aldeia, e o
projeto de analise das condições das lagoas de Búzios, que já está licenciado,
mas que deverá ser apresentado ao sub comitê antes de ser iniciado. No fim da
reunião, foram debatidos assuntos gerais, e houve a proposta de adiantar a
próxima Reunião Ordinária do Subcomitê do Rio Una, para o dia 10 de junho, em
função da copa, o que foi aceito por todos.
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