Estávamos em 1994 , e
observávamos a degradação que ao longo de décadas ocorria na região dos lagos. A sociedade civil assistindo
ao pouco interesse na busca de ações concretas de preservação e recuperação se
mobilizou. Várias iniciativas e projetos foram realizados. Um marco foi a
pesquisa técnica realizada pelo então Instituto Acqua. Apesar dos esforços as
ações eram isoladas, tanto pelos vários segmentos da sociedade como as implementadas
pelos governos locais.
A partir de 1999 a sociedade civil se une e constitui uma Plenária de
Organizações Não Governamentais da Região dos Lagos. Por outro lado, os
governos locais junto com algumas empresas e essa Plenária se unem num único
organismo: O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL LAGOS SÃO JOÃO. Ao celebrar essa união, o panorama muda e
agora há uma busca concreta das soluções. As
questões ambientais passam a ser discuticas de forma integral com participação
conjunta de governo central, governos locais e sociedade civil.
Abriu-se um leque onde o conhecer e preservar era o mote de todos
participantes. A consciência ambiental nascia sobre base técnica suplantando os
“achismos”. Os frutos dessa união logo
surgem e mudam de ações isoladas para ações conjuntas. O trabalho é integrado e
as militâncias são voltadas para o saneamento, a mineração, a proteção do nosso
entorno e outras ações ambientais.
A evolução caminhou a passos largos e chegou a Política Estadual de Recursos
Hídricos para promover maior integração uma vez que ela trousse em seu bojo a
obrigatória participação dos usuários das águas, bem como o necessário aporte
de recursos, através da cobrança do uso dos nossos corpos hídricos.
Na data histórica de 23 de fevereiro de 2005 ocorre a criação do COMITÊ
DE BACIA LAGOS SÃO JOÃO que reunido numa primeira Assembleia Geral aprovou seu
regimento interno, deu forma jurídica aos Sub Comitês das Bacias Saquarema, Rio
São João e Rio Una Araruama e criou as Câmaras Técnicas Permanentes de: Instrumentos
de Gestão e Educação Ambiental. Esse novo marco permitiu iniciar a cobrança
pelo uso de nossas águas, a chamada outorga.
Os recursos advindos dessa fonte são aplicados exclusivamente em ações
ambientais efetivas para suporte a programas perenes e de cunho ambiental.
Se compararmos a situação anterior a 1999 com a atual, é fácil
demonstrar que o esforço integrado da sociedade civil, governo e usuários renderam
frutos. Conquistamos programas de: Saneamento com a implantação de rede
coletora de esgotos e construção de aterro sanitário, de monitoramento, da
proteção de Unidades de Conservação com a criação do Parque Estadual da Costa
do Sol, de Educação Ambiental, de apoio à pesca artesanal e de apoio a pequenos
produtores rurais.
Apesar das várias conquistas, nosso horizonte é enorme. Precisamos
caminhar a passos largos para dar estrutura ao desenvolvimento e crescimento de
nossa região. A necessidade de recursos aumenta mais do que a capacidade de
suporte. Para evitar danos e comprometimento do ambiente, as ações de
vigilância devem ser reforçadas ao máximo através do esforço de uma sociedade
ativa, participante e vigilante, apoiada por ações fiscais dos governos locais.
Para isso só há uma solução: Mais união e esforço de todos. Você pode
participar através da Plenária de Ong’s, do Consórcio, do Comitê de Bacia.
Venha e participe dessa luta perene.
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